terça-feira, 16 de outubro de 2007

Meu caro Noé,

Como nos últimos tempos não temos nos falado muito, dirijo-lhe este texto para relatar os últimos acontecimentos.

Aliás, tenho uma grande novidade que se assemelha a um velho feito seu, o seria ao seu único feito? Creio que ficará muito feliz e ao mesmo tempo triste.

Bem, dadas as circunstâncias provocadas pelo desrespeito à natureza, a terra passa por momentos difíceis, grandes catástrofes estão ocorrendo, a temperatura começou a subir o que tem ocasionado o derretimento das calotas polares e, conseqüentemente, o nível do mar tem subido.

Pois bem, dito isto, chego à novidade: estou construindo uma arca. Isto mesmo, uma arca. Já consegui uma grana, entrei com alguns projetos pedindo ajuda federal, mas infelizmente o dinheiro foi liberado somente para o pessoal da UDR (União Democrática Ruralista), e consegui alguns patrocínios.

Enfim, a construção está engatinhando, literalmente. Mas duas coisas têm me preocupado bastante: primeiro, o presidente Jorge W. Bush não quer assinar o Protocolo de Kyoto (Os Estados Unidos são o país mais poluidor), o que contribui para acelerar os problemas ambientais; segundo, a extinção, um número imenso de animais está sendo extinto tanto pela cobiça quanto pelas “brincadeirinhas” e “mimos” da nossa sociedade. Não sei se conseguirei colocar ao menos um animal na arca.

Tenho, contudo animais que você senhor não teve a desonra de colocar na sua arca tais como os dinossauros, sim os dinossauros são animais (pré)dominantes da política brasileira. Apenas uma brincadeirinha, se me permite.

Noé, a minha arca tal como a sua será de madeira. No início do projeto eu pensei construir com aço, mas o aço está muito caro, a CSN foi vendida, enfim o orçamento ficaria muito alto. Então resolvi comprar madeira leiloada pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), órgão do pós, entenda-se: pós queimadas, pós desmatamentos, pós mortes de animais.

Escrevo-lhe também para pedir um favor. Bem, é que Deus não tem colaborado muito com o pessoal aqui de baixo, principalmente comigo, sinceramente está muito difícil continuar esse trabalho, ou melhor, essa arca. A minha sorte por enquanto é que apareceram uns ongueiros, mas, para dizer a verdade, não confio muito nesse povo. Movimentam-se conforma a maré. Se eu puder intervir, ficarei muito grato.

Outra coisa, peça para São Pedro contribuir com uns... porque eu sei que nós, seres humanos, temos errado bastante no que concerne ao meio ambiente, mas uma forcinha da parte superior é necessária.

Por fim, termino esse meu texto dizendo que estou aberto a sugestões e contribuições.

Abraços a família

Atenciosamente

Patrocínios:
Ong Mamãe eu quero, Banco Arriba, Universidade Vá com Deus, associação dos Laranjas Aposentados

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

A minha existência!!!

Hoje, no primeiro dia de existência do meu blog, não sei sobre o que escrever. Talvez eu pudesse escrever uma poesia, mas soaria vazia. Talvez eu pudesse falar sobre a epifania que o senhor ex-Presidente do Senado, temporariamente, Renan Calheiros teve.

Não estranhem o termo "epifania" posto acima, é a única explicação que encontro para descrever, diante de tantas afirmações de continuação à frente do senado, o ocorrido na tarde desta de quinta-feira, 11.

Sinceramente não sei se devo escrever sobre isso também porque esse assunto já permaneceu durante muito tempo no enfoque da mídia, enquanto o "nosso" senado ficou inerte aos outros problemas do país e os nossos senadores, principalmente opositores ao governo, se tonaram verdadeiros paladinos da justiça.

Que tal escrever sobre o filme Tropa de Elite?
É talvez esse seja um bom tema já que o filme é um sucesso nacional, algo que não se via desde Cidade de Deus. Mas, não sei. O tema do filme é interessante, contudo o filme, excetuando o mitificação, a atuação de Wagner Moura, cenas de policias comendo comida com vômito, não tem pernas e, ao meu ver, justifica a não escolha à disputa do Oscar, embora essa " não escolha" tenha ocorrido por motivos outros. Para onde iria a imagem do Rio que, diga-se de passagam, já não é das melhores?

É decidamente não quero escrever sobre essas coisas.

Vou Preferir escrever uma poesia:

Não sei o que escrever
A inspiração não quis me frequentar
O dia é cálido e eu preciso loucamente escrever
Escrever é uma forma de libertar-me do mundo

Ultimamente só a angústia me frequenta
Vejo tudo profundamente obscuro
Os olhares calados me angustiam
Não consigo entender esta forma de não viver vivendo
Há apenas ruídos por todos os lados